quinta-feira, 20 de maio de 2010

Observação

Olho com certo desdém para todo o conteúdo literário já postado. Vejo todos os erros e descontruções de idéias que fiz e me envergonho. Escrevo esse texto agora, já transtornado, absorto pelo fato que não mudei, absolutamente nada. A mesma construção das frases, as vãs tentativas de usar um vocabulário rebuscado, que não é meu, e uso, sem permissão, e indisciplinadamente.
Me perturba observar as páginas anteriores, e concluir que se reescrevidas, não mudaria um ponto, nem as linhas tortas por onde escrevi perto da margem, nem a tinta escolhida. Sou o mesmo que fez aqueles rabiscos quando novo, ou aquela declaração a garota que ama, o mesmo que copiou dissertações alheias no último dia de entrega na escola, aquele que desdenhou do passado, sabendo que vive dele.

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