segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Conto III
domingo, 30 de agosto de 2009
Afraid of myself
Sinto-me fraco. Sou fraco! Tento manter uma aparencia confiante, tentando mostrar que sei o que fazer, não expondo meus medos e aflições, como se a opinião alheia fosse a que importasse, ou a que bastasse. Todos fazem isso. Ninguem se expõe por completo, tememos a avaliação dos outros, pois não queremos ficar só. O maior medo do ser humano é ficar sozinho, não convivemos bem com a solidão, porque não suportamos a nós mesmos.
Penso em várias coisas todo tempo, a maioria não é dita. Metade das coisas ditas são por impulso, aumentando o medo do “não saber o que falar” ( e enfim falando merda, ou nada). Mantenho esse tipo de opinião calada em meu interior. Poucas vezes elas emergem. Me isolo, e elas saem dos meus olhos, e ferem-me. Transbordam meus erros e infelicidades. Deixo tudo sair, pois ficou muito tempo acumulando. No fim estou vazio. Não quero encher-me novamente.
domingo, 23 de agosto de 2009
Aos Sonhos
Apesar dos tropeços e adiações, se mantém acesos como sempre estiveram.
Como um farol que brilha à noite, me iluminam, norteam minhas ações e minha conduta. Vocês calam cada um dos meus insucessos, espantam cada um dos meus fantasmas e me trazem ao rosto um sorriso só pelo simples fato de existirem, da possibilidade de se concretizarem ou não.
E cada um que se realiza, diferente do que algumas pessoas dizem, trazem imensurável satisfação, não só pela concretização em si, mas por abrir espaço à uma nova aspiração que vem logo em seguida.
Vocês existem e sempre foi assim, sempre será... Nada nesse mundo pode apagá-los: frustrações, desilusões, perdas, bem como os demais golpes desferidos pela vida, nunca foram capazes de transpassá-los. Meu escudo insuperável.
domingo, 16 de agosto de 2009
- Oi, como vc tá?
- ALô!
- Oi, tá me ouvindo? Acho que a ligação não está boa.
- Amor, não tô escutando nada. Tá difícil entender o que vc diz.
- Não sei se vc está se esforçando pra entender...
- Como é? Fala mais alto, e devagar.
- O problema é que às vezes a solução não é essa. O modo como vc fala, muitas vezes, é secundário. O que importa é o que eu estou tentando dizer, não como estou fazendo isso.
- O problema é o quê??
- Para. Isso não tá dando certo, é melhor ficarmos por aqui. A gente já não tem se entendido bem há algum tempo.
- O que que tem o tempo? Isso não tem a ver com o tempo, é só o seu aparelho que não está bom.
- Tá vendo? É disso que eu tô falando: a culpa é sempre da minha parte. Vc não erra nunca, nunca é culpado por nada.É perfeito! Tô cheia disso.
- Olha... tá difícil. É melhor a gente se falar amanhã, não estou entendendo mais nada. Seu telefone tá louco, a dona dele então...
- Não acredito que vc disse isso!
- Como? repete.
- Nossa vida tem sido repetição atrás de repetição, não vou repetir mais nada, não quero. Quero ter certeza que a rotina não foi culpa minha.
- Um beijo. Amanhã falamos...
- Nem o beijo é mais a mesma coisa de antes, tudo está pior, será que voce não percebe?
- Te amo. Até.
- Escuta aqui, se vc desligar esse telefone...
Tu Tu tu...