quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Última do ano

Essa época sempre me frustra, pois acumulam-se expectativas por mudanças e uma anciedade que machuca pela demora às respostas. Esse Dezembro - como todos os outros, não é diferente. Muito embora, noto uma sutil diferença em mim, algo mudou. As mudanças podem vir à tona numa reflexão ao espelho, como pode ser notada no dia-a-dia. Há agora um aglomerado de sonhos realizados, com outros que não, preocupações que surgem, outras que permanecem. Só quero que dessa vez, tudo corra bem e que continue bem, encontrando minhas respostas no ano que virá.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Homem no espelho

Não resta dúvida que cresceste,
seu rosto jovial se fora,
agora, ostenta toda uma expressão enigmática.
Ao te olhar, noto que não mais te conheço,
sinto saudade do teu outro eu,
e também do eu que eu era.
A mudança te preocupa,
antes a tranquilidade era sentida.
A proteção mal acostumou-te,
sentes agora na pele o que é a vida,
embora a proteção ainda não se extinguira.
Já prevê sua saida,
e sabe que é em breve.
A eterna dúvida é que resta:
como será?
na sua mente você sabe,
não quer admitir, mas sabe,
que o proximo passo,
você… não quer dá-lo,
sente-se fraco,
impotente,
não é homem o bastante.
Mas o fatídico momento chegará,
talvez você precise apenas se superar
- superar esse medo do futuro,
ou talvez não adiante,
e esta fadado ao fracasso.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Confusão

Me sinto confuso as vezes
estou confuso agora
não consigo distinguir sonho de realidade
ou não quero…
é mais fácil não querer
pois, quem quer sofrer?
aparentemente todos queremos…
podemos encontrar varias coisas na vida:
felicidade, amor, amigos…
dor, ódio, fúria…
todas elas levam a uma verdade:
que não temos o menor controle dela
e que não sabemos de nada.
será que estou errado de querer ficar aqui…
sonhando?
ou ao menos com os olhos fechados simulando sono?
minha covardia não levará a nada.
sei disso…
sinto-me cançado,
sem fazer nada
talvez esteja doente
talvez…
talvez estejamos
talvez…
Só queria que alguém me acordasse
e dissesse que só preciso dormir.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O tédio consome meus dias rapidamente. As palavras, hoje mais rebuscadas, não vem-me com a abundancia de outrora. As pessoas ao meu redor tornaram-se mais escassas. Tudo aparenta ser limitado e previsivel. Minha consciencia afirma que amanha estarei aqui, sentado, fazendo as mesmas coisas. O alvorescer confirma o prelúdio de minha mente.
Meus sonhos e objetivos levarão tempo para se realizarem, caso ocorram. Vivo nos dias antescedentes a eles. Houve mudanças recentemente, provável que seja a realização inesperada de um de meus sonhos. O nervosismo e a anciedade, ainda existentes, transformam-se aos poucos em algo prazeroso, pelo simples fato da realização.

A anciedade reaparece na sua ausência, e o tédio continua a consumir os dias ate o próximo encontro.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A união era impar. Uma amizade febril, que não haveria se achar mais pura nem mesmo entre os anjos.
Seus mundos, assim como suas ideias, edificavam-se totalmente opostos, embora os valores fossem uniformes e inalienáveis. Valores que, compartilhados, deram a luz à cumplicidade, a camaradagem que se fazia presente nos melhores e piores momentos.
No entanto, a vida, coletivo de imprevistos e ironias, tratou de reservar curto caminho à amizade que se mostrava tão enorme, promovendo triste fim à uma pessoa que sempre fora tão alegre.
O amigo, hoje, lhe aparece em forma de recordação das horas felizes, belas recordações que o presente e o futuro só podem tornar mais saudosas, jamais destruir, pois, como certa vez disse um sábio, esse é o misterioso privilégio do passado.

sábado, 5 de setembro de 2009

Conto V - Vingança

Olhava fixamente aquilo estirado a sua frente. De joelhos ele estava, quando notou sua consciência voltar, embora soubesse o que tinha feito. Fechava os olhos, e via sua filha, ou partes dela. Ao abrir os olhos, via sangue, o culpado e uma sentença, seguidos de um vazio que o secava por dentro. A filha lhe servia de olhos, com ela só enchergava a pureza das coisas, ela definitivamente era sua morfina, que foi perdida prematuramente, forçando-o a sentir a realidade. Agora, ja sem balas, queria uma opção para se juntar a ela. Ao levantar, reclinou-se sobre o corpo onde alojou as balas, e deixou a Glock vazia. Caminhou em direção a janela, estava concentrado.
Gun_by_Peterodl

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Conto IV – 10 segundos

Restavam 10 segundos no cronômetro. Já haviam desistido de escapar. As feridas nos pulsos, ainda roçavam nas cordas, agora mais frouxas, porém não restavam-lhes forças para tentar. Olharam-se, um olhar de desespero, pois sabiam o que ocorreria quando o relógio zerasse. Se não estivessem amarrados, um abraço seria inevitável. Tombaram, ficaram frente a frente.
5 segundos…
Um filme rodou, de meio segundo, contendo milhares de flashs de tudo o que passaram juntos ate aquele momento. O beijo foi salgado, molhado pelas lagrimas de suas lembranças.
0
Não havia mais dor, nem amor, nada.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Conto III

Death_by_marak24
Rio de Janeiro, Linha Vermelha. O tráfego está tenso. Buzinas ensurdecedoras assolam aquele local. Numa das passarelas observo o movimento das pessoas. O barulho não as incomoda, passam despercebidamente apressadas, seguindo pelo caminho de suas lotadas rotinas. Essa algazarra de sons me incomoda, e muito, a ponto de ter que fazer leves pausas para me recuperar. E assim estou. Noto que em meio ao trânsito de homens e mulheres, há três garotos e uma garota. Para descrevê-los o melhor é dizer que diferiam apenas em tamanho. Tive que olhar duas vezes para notar que era uma menina, e não mais um dos garotos. Suas almas possuem tonalidades fracas, como se houvessem buracos. Ao se aventurarem fazendo malabares para arrecadarem cédulas, vejo-os trocando-as, logo após, por pedrinhas levemente sujas porém esbranquiçadas. Prefiro deixar em aberto o uso dessas pedras, não é importante; nenhum dos vicios de vocês significarão algo. Enfim, ficaram nos malabares e pedrinhas o dia todo. Ao escurecer avistei meu objetivo, ao mesmo tempo em que os quatro brincavam no sinal aberto. A alma dela era fraca e leve, e não carregava qualquer sentimento consigo. Talvez porque são humanos à margem da sociedade estipulada pelos próprios, ou porque suas almas não têm outra escolha, além de habitar as trevas do mundo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Afraid of myself

Sinto-me fraco. Sou fraco! Tento manter uma aparencia confiante, tentando mostrar que sei o que fazer, não expondo meus medos e aflições, como se a opinião alheia fosse a que importasse, ou a que bastasse. Todos fazem isso. Ninguem se expõe por completo, tememos a avaliação dos outros, pois não queremos ficar só. O maior medo do ser humano é ficar sozinho, não convivemos bem com a solidão, porque não suportamos a nós mesmos.

Penso em várias coisas todo tempo, a maioria não é dita. Metade das coisas ditas são por impulso, aumentando o medo do “não saber o que falar” ( e enfim falando merda, ou nada). Mantenho esse tipo de opinião calada em meu interior. Poucas vezes elas emergem. Me isolo, e elas saem dos meus olhos, e ferem-me. Transbordam meus erros e infelicidades. Deixo tudo sair, pois ficou muito tempo acumulando. No fim estou vazio. Não quero encher-me novamente.

domingo, 23 de agosto de 2009

Aos Sonhos

Obrigado por existirem. Vocês são o que há de mais genuíno e vivo dentro de mim.
Apesar dos tropeços e adiações, se mantém acesos como sempre estiveram.
Como um farol que brilha à noite, me iluminam, norteam minhas ações e minha conduta. Vocês calam cada um dos meus insucessos, espantam cada um dos meus fantasmas e me trazem ao rosto um sorriso só pelo simples fato de existirem, da possibilidade de se concretizarem ou não.
E cada um que se realiza, diferente do que algumas pessoas dizem, trazem imensurável satisfação, não só pela concretização em si, mas por abrir espaço à uma nova aspiração que vem logo em seguida.
Vocês existem e sempre foi assim, sempre será... Nada nesse mundo pode apagá-los: frustrações, desilusões, perdas, bem como os demais golpes desferidos pela vida, nunca foram capazes de transpassá-los. Meu escudo insuperável.

domingo, 16 de agosto de 2009

- Alô!
- Oi, como vc tá?
- ALô!
- Oi, tá me ouvindo? Acho que a ligação não está boa.
- Amor, não tô escutando nada. Tá difícil entender o que vc diz.
- Não sei se vc está se esforçando pra entender...
- Como é? Fala mais alto, e devagar.
- O problema é que às vezes a solução não é essa. O modo como vc fala, muitas vezes, é secundário. O que importa é o que eu estou tentando dizer, não como estou fazendo isso.
- O problema é o quê??
- Para. Isso não tá dando certo, é melhor ficarmos por aqui. A gente já não tem se entendido bem há algum tempo.
- O que que tem o tempo? Isso não tem a ver com o tempo, é só o seu aparelho que não está bom.
- Tá vendo? É disso que eu tô falando: a culpa é sempre da minha parte. Vc não erra nunca, nunca é culpado por nada.É perfeito! Tô cheia disso.
- Olha... tá difícil. É melhor a gente se falar amanhã, não estou entendendo mais nada. Seu telefone tá louco, a dona dele então...
- Não acredito que vc disse isso!
- Como? repete.
- Nossa vida tem sido repetição atrás de repetição, não vou repetir mais nada, não quero. Quero ter certeza que a rotina não foi culpa minha.
- Um beijo. Amanhã falamos...
- Nem o beijo é mais a mesma coisa de antes, tudo está pior, será que voce não percebe?
- Te amo. Até.
- Escuta aqui, se vc desligar esse telefone...
Tu Tu tu...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Com toda verdade e carinho

Vocês juntos são uma dádiva. É bom acompanhar isso, testemunhar como ainda é possível acreditar na pureza do ser humano.
Parabéns! Vcês são a prova viva de que tudo pode dar certo, e têm consciência de que isso acontece pelo respeito mútuo: respeito ao espaço alheio, respeito ao momento, respeito que transborda de um para o outro, nos gestos, nos olhares, no falar, e por que não dizer, no calar?
Vocês viram que não adianta afobação, não adianta querer fazer de um momento o certo; o momento certo aparece quando menos se espera, aliás, quando se espera muito, mas já quase não se tem esperanças.
Quantas vezes me peguei torcendo por vocês e deixando meus problemas de lado? Quantas vezes quis, infantilmente, achar uma solução, algo que pudesse ajudá-los? As mãos atadas, no etanto, não diminuiram em nada meu prazer pela realização.
As frases apaixonadas, os carinhos, os olhares que se perdem um no outro e parecem negligenciar a existência de um mundo extrínseco, tudo isso me encoraja a tentar mais uma vez. Não sei se é egoísmo enxergar na felicidade alheia um sinal pra mim, mas se for, peço desculpas.
Sorrisos tontos, tortos, mas tão ternos. Tantos sorrisos parecem debochar de quem diz não acreditar na felicidade completa (e o que seria felicidade pela metade?).
Vocês provam, a cada dia e para quem quiser ver, como é simples ser feliz.

De sábado para domingo

Ressaca moral não existia. Para ele, ressaca tinha de dar dor de cabeça, e essa não dava. O que incomodava era a ressaca convencional, felizmente, cada vez mais rara.
Mais um sábado, esperanças renovadas. Não há como encontrar alguém estando preso em casa.
Legal até onde lembrava, depois: a cama, o quarto, o lençol na cara, a luz acesa e a carteira perdida - talvez tivesse esquecido no carro.
"Hoje é descanso, já curti muito." O pensamento vinha com o pesar de não ter dinheiro para ir ao Maraca ver o Flamengo.

O irmão bate na porta: "você tem visita!"
Vira-se de lado e o sono fala mais alto que a curiosidade. O sono quase sempre se impunha... Vai saber quem era...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

De sexta para sábado

Preferiu voltar andando ao invés de tomar um ônibus. Depois da noitada regada à cerveja, arrastou-se tropeçando nas pernas e nos pensamentos. Na mente só havia incertezas, não concatenava ideias nem completava qualquer raciocínio. Não sabia onde estava, tão pouco pra onde queria ir.
Naquele instante, o tombo. O corpo caiu, mas da cabeça a reflexão se levantou - reflexão, no mínimo, imprópria para alguém naquela condição -, percebeu semelhanças entre a rua e seu coração: ambos tão frios, tão escuros, tão desertos, precisando de alguma segurança... Os dois pareciam assombrados.
Lembrou-se do quão inadequado e idiota era o pensamento anterior, puxou do bolso a última halls preta e continuou o percurso.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

As palavras da menina

Porque algumas frases só surtem efeito quando ela diz...
E quando ela fala, me calo e presto atenção. Vale a pena refletir. Quando as palavras saem da sua boca, têm sentido, têm beleza. Quando isso acontece, a felicidade existe.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tira essa expressão do rosto, ela não combina com você. O sarcasmo nunca lhe caiu bem, muito menos agora.
Faz cara de raiva, de tristeza, de melancolia, de sarcasmo não.
Não quero ver você contente agora, não quero sorriso. Quero lágrimas.
Seja feliz depois, em outro tempo, mas não agora, porque nada é tão bonito quanto o choro no momento derradeiro. Nada é tão contundente quanto um triste último olhar,com soluços de adeus e a típica falta de palavras que simboliza o sonho despedaçado.

domingo, 19 de julho de 2009

MINHA BUSCA

Agora me sinto pronto. Não sei se preparado, mas mais pronto do que antes. Mais disposto a enfrentar as dificuldades, mais forte pra conseguir retirar as pedras do meu caminho.
A partir de agora quero dar um sentido à loucura, uma cor à tela, uma letra à melodia. Minha loucura, minha tela, minha melodia. Minha vida.
Hora de colocar as coisas no lugar e olhar pra frente, esquecer alguns momentos dos últimos anos que ainda latejam em minha cabeça, tristes flashes. Mas o pior é que, refletindo com atenção, percebi que os tristes não são os piores... São os felizes que mais têm me importunado, os das horas alegres ao lado de gente que sei que não estará mais nos meus momentos futuros, nem alegres, nem tristes, pessoas que saíram da minha vida.
E os lugares insistem em atiçar minha memória, por onde passei ao lado dessas pessoas, consigo enxergá-las lá, rindo pra mim, fazendo alguma piada ou careta, ou com o olhar perdido na direção do horizonte. Até o cheiro permanece lá. Cada dia elas mudam de expressão e humor nas minhas lembranças, infindáveis.
Nostalgia pode ser uma coisa boa, mas não pra mim, não agora, quero deixar tudo isso no passado, que é o seu devido lugar.
Olhar pra frente, reordenar a cabeça, arranjar um sentido. A hora da transição é sempre a mais complicada, mas estou pronto.
Sei que mereço ser feliz.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Conto II

Toda noite de lua cheia viro um monstro. Sou um lobisomem. Quando não tem luar, vago pelas vielas vendo os estragos que fiz. Quando não sou lobo, sou homem, e estou com meu amor. Ela é tudo para mim, e mantenho-a afastada de mim, de minhas garras, a noite.
Certa noite de lua cheia, uma linda moça, com aparência de ninfa, escondida, encaminha-se para ver seu amado.E acontece.
E hoje a noite não tem luar, e eu estou sem ela.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Teoria e prática

Sabe quando você quer se antecipar a uma situação e começa a conjecturar as possibilidades, na tentativa de adivinhar o que pode acontecer e estar bem preparado pra isso?
Claro que você sabe. Todos sabem. O mundo inteiro sabe. Não há quem nunca tenha feito isso, em especial na hora de ir dormir. E, como você também sabe, meu amigo, na maioria das vezes nosso planejamento não vale grande coisa: as perguntas que você esperava não vêm, as suas frases de efeito não causam o impacto esperado, você simplesmente não encontra lugar para encaixar as suas respostas ensaiadas, a retórica parece estar de mal com você...
Pois é, não fique triste, isso acontece o tempo inteiro com todos nós. Acho que esse exemplo serve pra ilustrar como funciona o curso da vida: você faz planos, se programa meticulosamente, e, às vezes, acontecem imprevistos que te impedem de chegar ao seu objetivo. São raríssimas as situações nas quais acontece o imprevisto maior de todos: as coisas se concretizarem como você esperava.
Mas acredite, é melhor que seja assim. A graça da vida está no inesperado, nas surpresas... Se tudo acontecesse como prevemos, os êxitos não nos dariam a menor satisfação, as vitórias não mereceriam comemoração e a vida se daria desse modo mecânico.
Falando em surpresas, minha internet parou de funcionar, por conta disso que resolvi escrever algo, e acabou saindo isso... Viu que legal? Se a internet estivesse funcionando eu não teria escrito esse texto... E talvez você ficasse feliz por isso

domingo, 28 de junho de 2009

Conto I



Contraindo e expandindo as escapulas as movimento. Aos poucos me acostumo com as
novidades, e tento desprender a ideia do que para mim era normal. Antes eu era um humano, agora o que sou? O que faço?

Me conduzo apenas em duvidas, desde que despertei. Tinha certeza de duas coisas:
1º Eu morri
Não recordo-me bem como ocorreu, mas o
aparecimento dessas asas me deram a certeza. Porém elas não me dizem o que sou agora. São estranhas, diria que sujas. Mas e essa dor? Porque sinto dor, se morri? Será que se implica em como morri? ou, então, por
eu ter sido uma má pessoa enquanto vivo?

2º Ela foi para o céu
Lembro-me de flashs variados, do que remonta o que ocorreu antes. Choro ao ver ela nos flashs. Ela morreu também. Me lembro de a beijar antes de vir para cá. Talves seja minha culpa. Ela morreu, e não a pude salvar. Agora também estou morto, e essa dor é a penitência por deixar ela,aquele ser puro, morrer.
Decidi vagar por esse mundo, levado por essas asas imundas, ate um dia encontra-la, e pedir perdão, por matar um anjo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Escolhas que ficaram para trás

A ilusão de que o tempo cura as feridas começava a desmoronar.

Agora compreendia que certos momentos se eternizam: alguns pelo contexto no qual estão inseridos, pelas pessoas que participam deles, outros, por coisas que são ditas , e ainda há aqueles que ficam na memória pelo que não se fala, pelo que não se faz.

A lembrança do momento desperdiçado pela falta de ousadia pra se falar ou fazer algo é a mais cruel dentre as que citei. A interrogação permanente a respeito do que podia ter acontecido, dos desdobramentos de uma ação que só existiu na imaginação, martela na cabeça sem parar. Um leque infinito de possibilidades não foi aberto; portas e mais portas, que ninguém sabe onde dariam, nunca foram exploradas.

Aquela mulher que sentou ao seu lado no ônibus quinta-feira passada, lembra? Por simpatia, ela sorriu pra você ao passar na roleta, mas você não quis puxar um assunto porque preferiu ouvir aquelas mesmas músicas de sempre no seu mp3. Ela poderia ter sido a mulher da sua vida, mas desceu três pontos antes do seu – na verdade, um pouco menos, poque o motorsta passou um pouco do ponto -, e você nunca mais vai encontrá-la...e tudo podia ser diferente

E aquele pedido de desculpas que ficou preso na garganta depois da discussão com seu amigo? Você queria proferi-lo, a questão não envolveu orgulho, talvez vergonha, o fato é que não deu. O tempo passou, o contato se escasseou e o pedido prescreveu, assim como a amizade. Talvez esse amigo estivesse ao seu lado quando todos te virassem as costas; espero que esse momento nunca chegue pra você, e que, se chegar, você conte com outro amigo.

A vida e suas contradições... Enquanto uns enfrentam críticas por agir sem pensar, outros se martirizam por pensar sem agir.

Ele não pensava em refazer as escolhas, isso seria muita pretensão. Tudo que desejava, e com fervor, era saber onde aquelas portas dariam.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A vida parece estar querendo brincar comigo nesse momento, me fazer de bobo.
As coisas estão acontecendo da maneira mais imprevisível; por mais que eu tente, não estou conseguindo controlar o rumo que as coisas estão tomando, tô tentando nem me preocupar com isso mais, já que não tem outro jeito.
Os planos eu faço, como sempre fiz, tenho todos aqui na cabeça, mas estou encontrando dificuldade para tirá-los dela e trazê-los para realidade.
O lado bom é que tudo tem transcorrido bem, apesar de não da maneira prevista, mas bem mesmo assim. Em suma, tá tudo fora do lugar convencional, mas o lugar alternativo está me agradando muito.
A faculdade continua no ritmo de sempre: provas, trabalhos, redações... O meu ritmo é que não tá nesse compasso, definitivamente não estou em sintonia com a UERJ nesse momento. Quero ser otimista e pensar que esse um mês restante de aula vai passar num piscar de olhos.
E por falar em faculdade, me lembrei agora de que não teci nenhum comentário aqui sobre a queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, e, como faço Relações Públicas, curso irmão do jornalismo, esse tema mexeu um pouco comigo. Farei um post sobre isso, mas vai ficar pra outra hora, porque agora vou dormir.
Quem sabe de manhã eu até consiga me lembrar do sonho que terei, já que as coisas estão meio loucas, pode ser que eu consiga essa proeza.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

janela


A janela ilumina-se com o sol lá fora, fazendo com que eu mude de lugar, pois refletia-me, aquecendo minha face. Deitado com o livro a mão continuei meu sonolento estudo. Sei que é importante, mas por obrigação perde-se o prazer pela aprendizagem, mesmo que essa obrigação imposta por mim, pois pouco aproveitei minha capacidade outrora. Agora tento recuperar, não um tempo perdido, mas sim a motivação que era-me abundante. Tempo não foi perdido, devo muito à minha infância. Minhas contáveis lembranças boas devo a ela. Largo o livro e ainda deitado vislumbro o quadro de irmãos pendurado na parede. O largo sorriso que esboço no quadro, já não encontra eco hoje. Aquele é sincero e demonstra a felicidade de uma criança, enquanto o atual, uma careta, devido ao calor que voltara ao rosto.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Onde você vai estar daqui a dez anos? Fazendo o que? Como vai ser sua vida?
E daqui a 30 anos?

Você não consegue sequer se imaginar daqui a 10 ou 30 anos?
Trace metas, tenha em sua mente objetivos bem claros, mobilize seus esforços para concretizá-los. Viva o agora, sem se esquecer que seu futuro será seu agora algum dia.

Papo chato! Parece sermão... mas nem é...

É verdade mesmo que pra quem não sabe onde quer chegar, qualquer lugar tá bom.

domingo, 14 de junho de 2009

É só a vida em jogo

O sujeito era um guerreiro, de fato. Com seu espírito conspícuo, enfrentaria o que quer que fosse para continuar em seu curso de ação.
Não temia nem Deus nem o mundo, sua alma era fria, o coração implacável; no lugar do corpo, o que havia era uma fortaleza intransponível e perene.
Conquanto fosse demasiado forte, não havia em sua face sequer requício de placidez, ao contrário, exalava um ar tenso, desconfiado, exarcebadamente circunspecto. Onde se fizesse presente, o ambiente tornava-se retesado. Talvez fosse apenas a imagem que quisesse passar, mas eu dúvido.
Suponho que o intrépido guerreiro era, na verdade, um completo infeliz. Ele sempre se fechou em torno de si mesmo, de suas convicções, de seu pequeno mundo, no qual era rei e era súdito, mas reinava mesmo assim, e isso bastava.
Sempre encarou a vida com o olhar de apreensão com o qual se estuda um inimigo. Definitivamente, nunca conseguiu lidar com pessoas; lidava com problemas, lidava particularmente bem com problemas, com pessoas não.
Nunca soube perder - era evidente que não tinha nascido com jeito pra isso - não chorava, não caia.
Porém o tempo passava pra ele, sorrateio e apressado, bem como pra nós. Sua alma já não era fria como antes, o coração dava sinais de cansaço e amolecia; o corpo deixara há muito de ser a usual fortaleza... Sentia-se enfraquecendo.
É impressionante como o passar dos anos tem esse efeito corrosivo; ele basicamente se impõe sobre nós, alterando nossas mais profundas certezas, trazendo junto com a experiência, gotas de sensibilidade e, por fim, nos faz sucumbir.
Acredito que seja o medo desse momento derradeiro que nos pormove essas mudanças.
No entanto, pra quem teve uma vida inteira pra sorrir e ser feliz, e não o fez, o desfecho está bem desenhado, embora o desenho não tenha um bom aspecto.

sábado, 6 de junho de 2009

O sorriso perdeu a graça. As risadas tornaram-se pranto.

Ela voltou pensando no ocorrido. Em momento algum queria que as coisas
acontecessem daquele jeito. Magoara e havia sido magoada.
Chutava pedras pelo caminho. O que queria, na verdade, era chutar o passado, era ter certeza do que viria agora no SEU caminho.
As emoções pareciam duelar arduamente; os olhos, juízes implacáveis da alma, declararam a angústia vencedora. As lágrimas escorreram timidamente no início, depois, jorraram de modo incessante a fim de coroar o sentimento vitorioso.
E o mundo não era mais o mesmo.
Por alguma razão, o espelho gostava de lembrá-la que as coisas haviam mudado, que ele já não estaria mais ao seu lado, que ela não teria o apoio de sempre, o ombro amigo, a defesa recorrente.
Talvez fosse hora de crescer, talvez abrir mão fosse necessário, mas e o risco?

O arrependimento batia à porta, ela sentiu vontade de abrir...

domingo, 31 de maio de 2009

Um sorriso.

Um passeio pelo calçadão num domingo de sol

Pessoas caminhando, correndo... Casais de mãos dadas; crianças brincando com bolas, observadas pelos pais.

No mirante do Leblon, um mar infinito a ser contemplado, mas nem de longe a imagem mais marcante.

Uma mulher, uma cadeira de rodas, um sorriso...

Essa sim, uma imagem pra ficar na lembrança.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Futuras Lembranças

Adoro esses rostos que insistem em me perseguir... Rostos que conheço, que gosto e confio.
Rostos que sempre estiveram com os olhos fitados sobre mim, com afeto, compreensão... Cumplicidade.

São rostos de familiares, amigos, algumas vezes são de pessoas com as quais nem mantenho mais contato, que são muito importantes pra mim e nem sabem disso. Suas feições, olhos, sorrisos, permanecem aparecendo pra mim nos momentos em que fecho os olhos.

O triste de tudo é saber que os donos dessas faces não vão poder estar mais me acompanhando algum dia, que não vão mais olhar pra mim nem com olhar de afeto, nem com olhar de repreensão, nem com olhar de nada.

Ao menos tenho o consolo de saber que vou continuar encontrando suas feições sempre que fechar meus olhos. Esses rostos nunca vão desaparecer pra mim.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pensamentos de referência.

"Freud disse que o amor era a supervalorização. ou seja, se vc visse o objeto amado como realmente é, não seria capaz de amá-lo
O amor é um investimento libidinal, uma projeção mental.
Primeiro vem o desejo, depois a auto-ludibriação, a supervalorização, depois, vem a desilusão, acompanhada de vários questionamentos existenciais que levam à conclusão de que seria melhor ter ficado sozinho, ou então o conformismo.
Schopenhauer ilustrava essa situação com a metáfora dos porcos espinho. Para se manterem aquecidos se aproximam, mas se ferem com os espinhos um do outro, e se afastam, e o movimento se repete infindavelmente.
Acredito que o amor seja apenas um desejo sexual sublimado pela psique, um mantenedor de statu quo do superego."


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Oh shit, I'm late

Acordei. Desnorteado, andei pela casa em busca das horas. Encontrei um celular que me informou: meio-dia. Assim como o Sr. Coelho, apressei-me com as horas na mão. "I'm late, I'm late". Espero que não me cortem a cabeça.

sábado, 23 de maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Maleficus est

Cigarro.
A melhor coisa que existe, o cheiro, o gosto... Ele todo insiste em permanecer ao meu redor; está por toda parte, todos gostam, todos querem, e só faz bem, você se sente bem, você fica bonito, as garotas gostam.
Imagino que fumantes pensem assim. Nunca coloquei um cigarro na boca, mas sou fumante. Passivo. O pior de todos. É claro que não é o que mais se prejudica, mas é o que, a princípio, mais sente, pois não possui esses prazeres citados, só os males.
Os mais prejudicados, os “ativos”, que já se entregaram ao vicio, foram fracos, são fracos. O que mais me irrita é o conformismo deles, agem como se aquilo não fosse prejudicial, sabendo que é. Eles dizem saber que é, mas é mentira. Só encaram a realidade de verdade quando é prejudicial aos seus bolsos, quando há aumento. “Tenho que parar de fumar”- eles dizem; “Isso é um absurdo”- eles reclamam; “Mesmo assim, não vou parar”- eles confessam.
Trabalho no momento num desses locais onde vende de tudo, porem só dá fumante. Vejo-os indo e vindo, todo dia a mesma coisa. Toda semana chegam pacotes cheios para esses consumidores. É bizarro ver esses “esfomeados” comerem tudo em dias.
Com isso concluo:
Aos passivos: prendam a respiração (inútil)
Ativos: fiquem ricos
Empreendedores: vendam cigarros e garantam um grande negocio, que vai se perdurar por tempos ainda.

HQs ( Historias em Quadrinhos)


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma Partida Qualquer.

O jogo não era pra ser jogado, era pra ser apenas acompanhado, com olhar atento. O envolvimento não deveria ser tão grande; bem menos passional, bem menos fanático.
A partida estava tensa, meu time não parava de atacar, tinha alugado o meio campo, mas os laterais apoiavam demais e esqueciam de marcar, e os volantes não voltavam pra cobrir o espaço...
Ninguém contava com os contra-ataques, que, aliás, eram o forte do time adversário; mas o futebol estava tão de mal com o jogo que nem isso funcionou.
Bolas alçadas na área para atacantes omissos, que não sabiam fazer gols; o meio campo era taticamente obediente e esforçado, só não era criativo...
O resultado não poderia ser outro a não ser o empate, e em zero a zero.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

40 Gotas...

As velhas mágoas ainda estão lá,

(e essa maldita dor de cabeça me matando!)

guardadas no mesmo coração onde outrora germinaram.

(fruto de uma noite de sono (mal) dormida pela metade)

Talvez num espaço um pouco menor.

(vou tomar uma Novalgina e descansar pra me livrar dessa merda!)

Talvez...
Seria uma boa curar mágoas com Novalgina e travesseiro.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Reflexões sob cárcere

Os pensamentos são muitos, e profundos também, mas ao mesmo tempo, são fugazes, melancolicamente efêmeros. Desenvolvo toda uma linha de raciocínio, invento e reinvento lógicas, traço as possibilidades, prós e contras, tento agarra-los com toda força que minha memória consegue imprimir, mas eles têm mais agilidade do que minha memória tem força. Quando me dou conta, quase sempre conseguem escapar.

Aos poucos estamos tentando nos entender, agora os melhores marcam hora para serem concebidos: entre 18h e 19h, quando estou voltando para casa, no metrô, depois do expediente, e de madrugada, antes de ir dormir.
Agora vou me preparar pra eles, vou me munir de papel e caneta para aprisioná-los. Daqui pra frente só me escapam quando eu permitir, quando não fizer questão deles.

Peço que não sejam demasiado críticos com essa minha postagem, escrevi durante o trabalho, daqui a pouco vou pegar o metrô de volta pra casa, talvez até a estação Siqueira Campos apareça algo melhor. Ou não...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Composição da Vida

Entro na estação da Vida, compro o bilhete, atravesso a roleta e espero pacientemente na plataforma Materna.
O trem se locomove rápido, perpassando por diversos “Lugares”: Infância, Escola, Escolhas, Choro, Brincadeiras, Amizades...
Então o tempo passa, e me aproximo da estação Maturidade, nela as coisas me parecem bem mais confusas do que nas anteriores. Meu trajeto segue.
Aproximo-me da bela estação Ilusão, acho-a bonita a ponto de resolver descer.
Quando me dou conta, ela é na verdade bem sem graça, frustrado pego o próximo trem. Nome: Solidão.
Percebo que algo nesse trem me incomoda, sinto um clima lúgubre, é como se a angústia se tornasse algo físico, ganhasse forma e preenchesse todo o espaço. Quero descer, mas tenho medo de cair em outra estação transviada. Me sinto perdido.
Cheguei, finalmente, à estação Esperança. Já era tempo. Percebi de imediato que era lá que eu precisava descer.
Desço, e subo correndo as escadas rolantes... Não vou ficar aqui muito tempo, quero pegar logo a integração. Próxima parada: Felicidade.

O que escrever?!


Bom, fiquei pensando no que seria minha primeira postagem. Poderia falar de varias coisas, mas vou optar por colocar algo q eu goste e q me diferencia mais dos dois...
=P

Começarei anunciando que pretendo semanalmente postar algo sobre anime/manga, selecionando algum que me influenciou, ou que simplesmente valha ser falado. Minha citação já dá uma idéia de que gosto, alias, adoro.
A cultura japonesa, por meio de animes e mangás, fizeram parte de minha infância
, e ainda curto bastante. É uma arte que com os anos evoluiu muito, e não pára de apresentar sempre coisas novas. Além de animes e mangas, que são grandes porta-vozes do Japão, culturalmente o Japão tem uma história e tendências muito representativas e marcantes, o que sempre lhe conferiu destaque. O que considero mais interessante é o respeito às tradições que existe lá, onde cada ação é valorizada, e rituais diários são feitos. E em contraponto me chama atenção o sincretismo cultural lá existente: um país que apresenta caráter conservador, a medida que, é marcado pelo respeito às tradições, que perduram por séculos, e, simultaneamente, atravessa um período de abertura deliberada dessa mesma tradião, começando a aceitar estímulos ocidentais. Enfim, o Japão tem um charme todo especial, que merece ser citado aqui nesse blog tão diversificado.

\o

Também pretendo falar aqui de obras do ocidente. Os famosos HQ's e certas animações vêm ganhando grande espaço. Claro que o foco vem dos EUA, que tem um material ótimo com suas historias de heróis meticulosamente produzidas, cada herói desenvolve um história que se consolidou ao longo dos anos, e trazendo mais fãs a cada dia. A Disney e a Pixar são grandes exemplos da animação vinda do ocidente, que é fantástica e rica em detalhes, embora particularmente eu prefira, em termos de animação, a feita no oriente.
o/

Po... acho que falei pelos cotovelos, mas serviu para explicitar minha parte aqui no blog, claro que terá também as postagens normais, que tentarei fazer com uma periodicidade diária...
O.O

Mas se eu não conseguir cumprir, ao menos quando eu estiver coçando postarei algo.
xD

\o/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ultimas considerações...

Ser o ultimo a se apresentar é meio chato, dá uma ideia de retardo ou preguiça. Creio q seja mais a segunda.Talvez nosso objetivo ao criar esse blog ja tenha sido exposto mto bem pelos meus outros dois confrades, mas gostaria d salientar mais algumas:

  • somos três amigos, muito atarefados por sinal(pois o normal seriam pessoas com mais tempo em suas agendas), não querendo dizer q blogueiros são desocupados.
  • essa idéia foi simples e unicamente concebida ao notarmos o quanto d informação e curiosos papos podem rolar em uma reunião de amigos.
  • o "Garçom, mais uma!" eh uma reunião d amigos, três amigos, de gostos e estilos diferentes, q conversam abertamente sobre diversificados assuntos.
Espero que curtam esse blog, e comentem caso gostem...
"Tenha uma boa noite, ou um bom dia... seja lá quais
forem a hora e a cor".


Ps.: Espero não ter passado um ar de seriedade muito forte, pois ñ foi a intenção. =P

Pss.: Desculpe, mas não to com saco para transliterar tudo o que escrevi para inglês(como fez Sr. Igor), até traduziria pro japonês, mas to cançado.xD

Prólogo

Bom dia, ou boa noite, tanto faz...
Desculpa a indelicadeza, mas não vou me apresentar. Não agora. As apresentações, deixo a cargo de meus amigos.

Como diria o velho “bruxo” na introdução de um de seus mais célebres livros: “o melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado.” Respeitemos, pois, o grande autor.

Sejamos objetivos, como posso começar isso?Muitos dizem, acertadamente, que “todo fim é um começo”; reservo-me o direito de pensar que a inversão das palavras mantém lógica à frase. Acredito piamente que todo começo também é um fim.
Meu dicionário diz que começo é a primeira parte de uma ação... O começo é o início de uma etapa nova em nossas vidas, o que pressupõe que deixamos algo para trás.
Como eu desejo que esse começo represente para mim o fim de algumas coisas! O fim das velhas tristezas, o fim das velhas desilusões, o fim das velhas mágoas... Essas coisas, definitivamente, merecem ser deixadas para trás, nem que seja para que cheguem novas tristezas, novas desilusões e novas mágoas. Abandonar a consternação do passado no passado é imprescindível. Quero uma vida nova. Apesar de não poder exigir um mundo novo, sei que posso tornar meu mundo novo.
Infelizmente acabei me prolongando, Machado que me desculpe.

Brindemos a esse novo começo: garçom, mais uma!

Agradecimento